quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Hubble produz imagem detalhada do universo distante

Cientistas usam supertelescópio para compor retrato de milhares de galáxias e objetos
Para fazer a foto, o telescópio observou um pequeno pedaço do céu por mais de 500 horas.Nasa 
Muito longe

Tal como o portfólio de um fotógrafo, reunindo as melhores fotos ao longo de sua carreira, astrônomos fizeram uma montagem compondo as imagens dos objetos celestes mais distantes já vistos pelo Telescópio Espacial Hubble. A equipe do Hubble já havia feito um trabalho semelhante, chamado Hubble Ultra Deep Field (visão de campo ultraprofundo) reunindo fotos coletadas entre 2003 e 2004 de uma região conhecida como constelação da Fornalha. Agora, o novo trabalho foi batizado de eXtreme Deep Field (XDF), onde o termo "extremo" é posto uma ordem de magnitude acima do "ultra". A imagem não é uma foto única, é uma combinação de fotos capturadas pelo Hubble ao longo dos últimos 10 anos, de uma pequena região no centro da região maior do trabalho original.

Câmeras do Hubble

Apesar de o campo de visão ser menor, a maior sensibilidade das novas câmeras do Hubble permitiram reunir 5.500 galáxias - as mais distantes têm um décimo de bilionésimo do brilho que o olho humano consegue captar. As mais de 2 mil fotografias diferentes foram feitas pela Câmara Avançada para Pesquisas, instalada em 2002, e pela Câmara de Largo Campo 3, acrescentada ao observatório em sua última manutenção, em 2009.
Fonte: Inovação Tecnológica

As ‘tragadas sombrias’ causaram colossais buracos negros galácticos?

Um processo chamado de Dark Gulping (‘tragadas sombrias’ em tradução livre) pode responder um dos maiores mistérios da astronomia: como, quando o universo ainda estava em seus primeiros milhões de anos de idade, foram formados buracos negros gigantescos que ficam no centro das galáxias? A grande maioria das galáxias, talvez todas elas, possuem um forte centro gravitacional, um buraco negro supermassivo que teria o tamanho aproximado de nosso sistema solar. Este buraco negro é o que mantem todos os astros de uma galáxia unidos em forma aspiralada.

Cientistas desenvolveram um modelo para estudar interações gravitacionais entre o halo invisível de matéria escura e cada galáxia. Essas interações fazem com que a matéria escura forme um centro compacto de massa, que pode ser gravitacionalmente instável, dependendo das propriedades da matéria escura. Se esse esquema for perturbado por algo, essa massa escura central entraria em colapso de forma muito rápida, e sem deixar um traço de radiação eletromagnética. Esse processo de colapso rápido é chamado de Dark Gulping. Essa massa afetada é compatível com os buracos negros que ficam nos centros das galáxias que conhecemos hoje. Há diversas teorias sobre como esses buracos negros enormes se formam. Uma das possibilidades é que uma única nuvem de gás entraria em colapso. Outra hipótese é que vários buracos negros pequenos se chocariam e seriam unidos em uma versão gigante.

No entanto, essas opções, para acontecerem, demorariam milhões de anos (e os buracos negros enormes surgiram enquanto o universo ainda era relativamente um bebê), e as chances para isso são mínimas. Sendo assim, a tragada sombria pode ser a resposta que os cientistas tanto buscam. De acordo com o modelo desenvolvido pelos pesquisadores, a formação de uma massa central é inevitável. O resfriamento dos gases faz com que o material se acumule no meio. Essa massa possui uma instabilidade gravitacional que pode ser medida de 1 a 10 graus. Quando ela chega a 6 graus há um risco de colapso – que permitiria o acontecimento da tragada sombria. Com esse colapso, considerado rápido, a formação de buracos negros supermassivos, nos primeiros milhões de anos do universo, seria mais provável.
Fonte: http://www.sciencedaily.com

Há 20 anos, Nasa lançava sonda Mars Observer à órbita marciana




A sonda foi lançada com o objetivo de realizar um estudo detalhado das características topográficas, geológicas e geofísicas do Planeta Vermelho, a partir de sua órbita.Foto: Nasa/Divulgação

No dia 25 de setembro de 1992, a Nasa pôs em prática uma ambiciosa missão. A sonda espacial Mars Observer foi lançada com o objetivo de realizar um estudo detalhado das características topográficas, geológicas e geofísicas do Planeta Vermelho, a partir de sua órbita. Nas costas desse plano, havia um grande fardo a carregar, já que, 17 anos antes, a agência espacial americana enviou a Marte as duas naves do projeto Viking, o qual entrou para a história como a primeira missão a pousar de forma segura na superfície de outro planeta. O amplo sucesso desse projeto anterior contribuiu para a expectativa de que o êxito se repetisse. Em agosto de 1993, no entanto, três dias antes de ingressar na órbita de Marte, a comunicação com a sonda Mars Observer foi perdida. O que permaneceu, para os cientistas e para as missões futuras, foi a tecnologia desenvolvida, que mais tarde possibilitou inventos como o telefone celular e aparelhos de diagnósticos médicos.

A fixação - O desejo de conhecer mais sobre Marte surgiu antes mesmo de o homem ter conquistado a Lua. Em 1965, a sonda Mariner 4 (uma das 10 aeronaves construídas pela Nasa para explorar o sistema solar) fez um voo rasante sobre o planeta, tirando suas primeiras fotografias aproximadas. Depois de Neil Armstrong dar seu pequeno grande passo, em 1969, Marte passou a ficar cada vez mais presente no imaginário dos terráqueos, que começaram a sonhar em quando o Planeta Vermelho seria o próximo destino do homem.

Poucos dias após a chegada da Apollo 11 à Lua, as Mariner 6 e 7 começavam a gravar centenas de imagens do planeta, propiciando novas descobertas. Em novembro de 1971, o Mariner 9 chegou com sucesso à órbita de Marte e tornou-se o seu primeiro satélite artificial. A grande conquista da Nasa começou em 1975, quando foram lançadas ao espaço as aeronaves Viking 1 e 2, que aterrissaram no Planeta Vermelho no ano seguinte, com o objetivo principal de procurar indícios de vida.

Apesar de não terem encontrado evidências conclusivas, propiciaram o desenvolvimento de tecnologias que seriam utilizadas em todas as missões posteriores. Em 1992, a Guerra Fria já havia terminado, mas a Nasa seguia sedenta por informações sobre Marte. Baseando-se em um satélite de comunicação da Terra, construiu a sonda Mars Observer, que deveria trazer um estudo mais detalhado do planeta, incluindo suas características minerais, topográficas, geológicas, informações sobre sua atmosfera, campo gravitacional e campo magnético. A sonda proporcionará aos cientistas uma plataforma orbital a partir da qual a superfície e atmosfera inteiras de Marte serão analisadas e mapeadas. As informações serão coletadas diariamente em órbita de baixa altitude", dizia a Nasa para a imprensa, em setembro de 1992.

Investigação - As causas da perda de contato, três dias antes do previsto para a entrada na órbita de Marte, não foram identificadas pelo conselho formado para investigar os problemas ocorridos. "Devido aos esforços para localizar ou se comunicar com a sonda terem falhado, o conselho não foi capaz de encontrar evidências conclusivas que apontassem a um evento particular que tenha causado a perda do Observer", afirmava o relatório do conselho de investigação. Foi apontada como causa mais provável a ruptura do compartimento de combustível do sistema de propulsão da aeronave, que teria acarretado um vazamento de gás hélio sobre a manta térmica do aparelho.

"Quando se trata do envio de sondas orbitais a Marte, a dificuldade está justamente em colocar o satélite em órbita. É na aproximação de Marte que se perdem a maior parte das sondas, como a Mars Observer, em 1992, e a Mars Climate Orbiter, em 1999", explica o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Coelho. No caso de aparelhos que pousam no planeta, a dificuldade é ainda maior. "Além do pouso, o planeta apresenta um ambiente hostil que agride os equipamentos e subsistemas do veículo, principalmente devido aos ciclos térmicos (calor e frio) e à radiação. Várias dificuldades também aparecem por conta da fina poeira de Marte, que danifica equipamentos e partes móveis", pontua.

O consolo - Apesar de não ter cumprido o seu objetivo principal, a Mars Observer ajudou no aprimoramento de tecnologias que seriam usadas não apenas em novas missões, mas também em invenções presentes no cotidiano de pessoas em todo o mundo. "Infelizmente, ela falhou três dias antes de chegar ao planeta. Mas as tecnologias por ela desenvolvidas foram depois incorporadas às missões Mars Global Surveyor e Mars Odyssey, ambas com sucesso", afirma Coelho. "Durante o projeto e construção do Mars Observer, muitas tecnologias inéditas foram desenvolvidas. Estes novos conhecimentos são atualmente usados em vários equipamentos (inclusive telefones celulares e aparelhos de diagnósticos médicos) e rendem royalties para as empresas que as desenvolveram", revela o professor Dr. Annibal Hetem, pesquisador da Universidade Federal do ABC na área de Propulsão Aeroespacial.

No relatório do conselho de investigação sobre as causas da perda de comunicação, apesar de nenhuma resposta precisa ter sido apontada, foi manifestado o sentimento de que os estudos seriam importantes para evitar novas falhas. "Se os nossos resultados nos ajudarão a garantir que as futuras missões não sofram um destino semelhante, sentiremos que alcançamos nosso objetivo", declarou, na época, o presidente do conselho, Dr. Timothy Coffey, então diretor de pesquisa do Laboratório de Pesquisa Naval de Washington.

A esperança - Em novembro do ano passado, a Nasa lançou a missão Mars Science Laboratory, cuja linha de frente é representada pelo robô Curiosity, um jipe que pousou na superfície marciana em agosto deste ano. É a nova tentativa de descobrir condições favoráveis à vida e à habitabilidade em Marte. E também de chegar mais perto de responder a pergunta que tanto intriga a humanidade: "Estamos sós no universo?"
Fonte: TERRA

Chandra mostra que Via Láctea está rodeada por halo de gás quente


Esta ilustração de artista mostra um enorme halo de gás quente (azul) em torno da Via Láctea. Também são visíveis, para baixo e para a esquerda da nossa Galáxia, as Nuvens de Magalhães. O halo gasoso está desenhado com um raio de aproximadamente 300.000 anos-luz, embora possa ser muito maior.
Crédito: NASA/CXC/M. Weiss; NASA/CXC/Ohio State/A. Gupta et al.

Astrónomos usaram o Observatório de Raios-X Chandra da NASA para desvendar evidências de que a Via Láctea está embebida num enorme halo de gás quente que se prolonga por centenas de milhares de anos-luz. A massa estimada do halo é comparável à massa de todas as estrelas na Galáxia. Se o tamanho e massa deste halo gasoso for confirmado, poderá ser também uma explicação para o que é conhecido como o problema do "barião desaparecido" da nossa Galáxia. Num estudo recente, uma equipa de cinco astrónomos usaram dados do Chandra, do observatório espacial XMM-Newton da ESA e do satélite japonês Suzaku para colocar limites na temperatura, dimensão e massa do quente halo gasoso. O Chandra observou oito brilhantes fontes de raios-X localizadas para lá da Galáxia a distâncias de centenas de milhões de anos-luz. Os dados revelaram que os raios-X dessas longínquas fontes são selectivamente absorvidos pelos iões de oxigénio na vizinhança da Galáxia. Os cientistas determinaram que a temperatura do halo absorvente está situada entre 1 e 2,5 milhões kelvin, algumas centenas de vezes mais quente que a superfície do Sol.

Outros estudos mostraram que a Via Láctea e outras galáxias estão embebidas em gás morno com temperaturas entre 100.000 e 1 milhão K. Os estudos indicaram a presença de gás ainda mais quente com uma temperatura superior a 1 milhão K. Esta nova pesquisa providencia evidências de que o halo de gás quente que rodeia a Via Láctea é muito massivo do que o halo de gás morno. Nós sabemos que este gás rodeia a Galáxia, e sabemos quão quente é," afirma Anjali Gupta, autor principal do artigo que descreve a investigação, publicado na edição de 1 de Setembro da revista Astrophysical Journal. "A grande questão é, quão grande é o halo, e qual a sua massa? Para começar a responder a esta pergunta, os autores complementaram os dados do Chandra sobre a quantidade de absorção produzida pelos iões de oxigénio do XMM-Newton e do Suzaku acerca dos raios-X emitidos pelo halo de gás. Concluíram que a massa do gás é equivalente à massa de mais de 10 mil milhões de sóis, talvez tão grande quanto 60 mil milhões de sóis.

"O nosso trabalho mostra que, para valores razoáveis de parâmetros e com suposições razoáveis, as observações do Chandra implicam um enorme reservatório de gás quente em redor da Via Láctea," afirma Smita Mathur da Universidade Estatal do Ohio, em Columbus, EUA, co-autora do estudo. "Pode prolongar-se por algumas centenas de milhares de anos-luz em torno da Via Láctea ou pode até chegar ao Grupo Local de Galáxias. De qualquer maneira, a sua massa parece ser muito grande." A massa estimada depende de factores como a quantidade de oxigénio relativamente ao hidrogénio, que é o elemento dominante no gás. No entanto, a estimativa representa um passo importante na resolução do caso dos bariões perdidos, um mistério que tem intrigado os astrónomos há mais de uma década.

Os bariões são partículas, como protões e neutrões, que constituem mais de 99,9% da massa dos átomos do Cosmos. As medições de halos gasosos e galáxias extremamente distantes indicam que a matéria bariónica, presente quando o Universo tinha apenas uns quantos milhares de milhões de anos, representava cerca de um-sexto da massa e densidade da matéria existente não observável, ou escura. Actualmente, cerca de 10 mil milhões de anos depois, um censo dos bariões presentes nas estrelas e gás da Via Láctea e em galáxias vizinhas mostram que pelo menos metade dos bariões estão desaparecidos. Embora haja incertezas, o trabalho de Gupta e colegas fornece a melhor evidência até agora de que os bariões perdidos da Galáxia têm estado escondidos num halo gasoso extremamente quente que a rodeia. A densidade estimada deste halo é tão baixa que halos parecidos em torno de outras galáxias teriam escapado à detecção.
Fonte: Astronomia On-Line

Curiosity Termina Inspeção de Sua Primeira Rocha Em Marte



O rover Curiosity da NASA tocou uma rocha marciana com o seu braço robótico pela primeira vez no dia 22 de Setembro de 2012, acessando quais os elementos químicos que constituem a rocha chamada de Jake Matijevic. Após uma curta jornada que precedeu o dia em que o rover tocou a rocha com seu braço robótico, o Curiosity colocou o seu Alpha Particle X-Ray Spectrometer (APXS) em contato com a rocha durante o 46º dia marciano de trabalho, ou sol. O instrumento APXS está localizado numa torre no final do braço robótico do rover de 2.1 metros de comprimento. O Mars Hand Lens Imager (MAHLI), localizado na mesma torre, foi usado para inspecionar de forma detalhada a rocha. Ambos os instrumentos foram também usados na rocha Jake Matijevic no Sol 47, que correspondeu ao dia 23 de Setembro de 2012.

O instrumento Chemistry and Camera, ou ChemCam, que atirou pulsos laser em um alvo desde o topo do mastro do rover Curiosity, também acessou os elementos químicos da rocha Jake Matijevic. Usando tanto o APXS como a ChemCam na rocha os pesquisadores conseguiram uma calibração cruzada dos dois instrumentos. Com um teste final do laser da ChemCam na rocha no sol 48, em 24 de Setembro de 2012, o Curiosity terminou seu trabalho na rocha Jake Matijevic. O rover partiu no mesmo dia, para um trecho de 42 metros, o mais longo até o momento. O Sol 48, em hora média local solar em Marte na Cratera Gale, terminou às 3:09 p.m. hora do pacífio co dia 24 de Setembro de 2012.

O rover Curiosity da NASA pousou em Marte há sete semanas para começar a sua missão primária de dois anos, usando seus 10 instrumentos para acessar se uma área cuidadosamente escolhida para esse estudo dentro da cratera Gale já ofereceu em algum momento da história marciana condições ambientais favoráveis para o desenvolvimento da vida microbiana. O JPL, uma divisão do Instituo de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, gerencia o projeto Mars Science Laboratory, incluindo o rover Curiosity para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. O JPL desenhou e construiu o rover. O Space Division do MDA Information Systems Inc. construiu o braço robótico do rover em Pasadena.
Fonte: http://www.jpl.nasa.gov/

O Novo Cometa C/2012 S1 (ISON)

Astrônomos anunciaram há poucas horas a descoberta de um novo cometa, o C/2012 S1 (ISON). O cometa foi recém descoberto em 21 de Setembro 2012 pelo Observatório ISON-Kislovodsk. Atualmente localizado além da órbita de Júpiter, e está se dirigindo para um encontro com o sol no próximo ano. Em novembro de 2013, ele vai passar a menos de 0.012 UA (1,8 milhões de km) a partir da superfície solar. Segundo os astrônomos o seu destino final permanece desconhecido e possivelmente o novo cometa vem da nuvem de Oort. Este cometa pode se tornar um objeto visível a olho nu no período de Novembro de 2013 a Janeiro de 2014. A maioria dos objetos chamamos de cometas orbitam o Sol a distâncias imensas, alguns a mais de 50.000 unidades astronômicas (unidade astronômica é definida como a distância do Sol à Terra). É o limite exterior da nuvem de Oort que define o limite do nosso sistema solar. É aqui que o efeito gravitacional do Sol torna-se mínimo. Acredita-se que os objetos, tais como cometas, que agora residem na nuvem de Oort foram criados mais perto do Sol no período de formação do sistema solar. No entanto, os planetas gigantes gasosos (Júpiter, Saturno ,Urano e Netuno ) com seus imensos campos gravitacionais jogou esses objetos para longe da influência gravitacional do sol. Esta teoria é apoiada pelo fato de que a composição da maioria destes objetos assemelha-se as quantidades relativas dos compostos, tais como a água, amoníaco e metano, que definem os gigantes de gás (Júpiter, Saturno, Urano e Netubo).
Fonte: http://remanzacco.blogspot.com.br

Uma breve história do universo


A espécie humana existe há apenas uma fração minúscula da história do universo. ( Se este quadro estivesse em escala e a existência dos seres humanos se estendesse por sete centímetros, toda a história do universo teria mais de um quilômetro.)

1:o cosmos vai através de super-rápida "inflação" a partir de do tamanho de um átomo para uma laranja, se expandindo, em uma minúscula fração de segudo.
2: Na pós inflação, o universo é uma fervilhante e quente sopa de eletrons, quarks e outras partículas.
3:Um rápido resfriamento do cosmos permite aos quarks se amontoarem em prótons e neutrôns.
4: Ainda muito quente, se formam os átomos. Elétrons carregados e prótons previnem a luz de brilhar: O universo é um super nevoeiro quente.
5: Elétrons se combinam com prótons e neutrons para formar átomos, principalmente e hidrogênio e hélio. A luz finalmente pode brilhar.
6: A gravidade faz gases de hidrogênio e hélio se amalgamarem para formar nuvens gigantes que se tornarão galáxias.Grupos menores de gases formam as primeiras estrelas.
7: Como as galáxias se aglomeram junto graças a gravidade, as primeiras estrelas morrem e espalham pesados elementos no espaço: estes eventualmente se tornam novas estrelas e planetas.
Fonte: Ciência e Investigação.

Nave encontra sinais de água no asteroide Vesta

Presença de hidrogênio e de buracos na superfície do asteroide mostra que ele pode ter sido atingido por meteoritos que carregavam a substância.
Uma nova análise dos dados obtidos pela nave Dawn sugere que o asteroide Vesta é rico em hidrogênio – e pode também conter água. Vesta é o segundo maior asteroide do Sistema Solar, só atrás do planeta-anão Ceres. Ao contrário da maioria dos outros asteroides, ele não é um fragmento de um corpo maior, mas um protoplaneta formado na origem do Sistema Solar. A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira na revista Science. Partindo de análises da composição geológica do Vesta, os cientistas não esperavam encontrar hidrogênio em sua superfície.

No entanto, medições feitas pelos equipamentos da Dawn mostraram um acúmulo da substância em algumas das regiões mais antigas do asteroide. Em terrenos mais novos, como crateras recém-formadas, o hidrogênio era raro. A partir disso, os pesquisadores concluíram que a substância foi se acumulando ao longo do tempo, trazida por corpos menores que atingiram o asteroide.

Em um segundo estudo publicado na mesma edição da Science, outro grupo de pesquisadores descobriu pequenos buracos irregulares na superfície do asteroide, próximos a crateras. Segundo os pesquisadores, esses buracos poderiam ser explicados pela liberação de materiais voláteis pelas rochas da região.

Juntando as pesquisas, a conclusão dos cientistas foi que o asteroide deve ter sido atingido por pequenos meteoritos ricos em água (de 3% a 22% de sua composição). Essa água ficaria ligada às rochas do asteroide na forma de hidrogênio por tempo indefinido, até a região ser atingida por meteoritos maiores, que formaram as grandes crateras. O calor do impacto converteria o hidrogênio ligado aos minerais em água líquida, que evaporaria rapidamente, formando os pequenos buracos encontrados pela Dawn.

"Os buracos parecem com alguns encontrados em Marte. Mas, enquanto a água foi comum no passado do planeta, ela é totalmente inesperada no Vesta”, disse Brett Denevi , pesquisador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins e autor do segundo estudo. "Esse resultado mostra evidências de que minerais hidratados tiveram um papel importante na composição do asteroide e na formação do relevo que vemos hoje."

Ficha técnica
Vesta
Nome: 4 Vesta
Descoberto em: 29 de março de 1807
Circunferência: 525 quilômetros
Localização: Entre Marte e Júpiter
Dados: Vesta foi o quarto asteroide descoberto, por isso o número '4' em seu nome. É um dos maiores asteroides do Sistema Solar e compreende 9% da massa do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. É também o asteroide mais brilhante visto da Terra
Fonte: Veja

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Que raça alienígena encontrará o disco da Voyager?



No último dia 5 de setembro, a missão Voyager, da Nasa, fez aniversário de 35 anos. Ambas as sondas lançadas em 1977 (Voyager 1 e 2) já estão a caminho de deixar completamente o sistema solar. Cada sonda carrega consigo o “Golden Record”, um disco (e sua respectiva agulha), feito de cobre e revestido a ouro, que apresentará imagens e sons da Terra a… Bem, essa é a grande questão. A quem? Lá em 1977, os cientistas americanos lançaram as duas sondas com o objetivo de explorar Júpiter e Saturno. Depois, a Nasa se empolgou e ampliou a jornada até Urano, Netuno e Plutão. Terminado este objetivo, já em 1990, eles decidiram que queriam mais: em 2004, a Voyager 1 iniciou sua saída da heliosfera, a “fronteira final” do sistema solar.

Três anos depois, foi a vez da sonda gêmea Voyager 2. Neste momento, elas estão a cerca de 18 bilhões de quilômetros da Terra. Na, digamos, “proa” de cada uma das sondas, foi colocado um disco feito de cobre. Funciona de forma muito parecida com um dos antigos vinis (toca com uma agulha, como se fosse em uma vitrola), mas tem o revestimento de uma placa de ouro (daí o nome Golden Record).



Na placa, foi grafada uma explicação feita em desenhos que, espera-se, ajude os eventuais alienígenas que encontrarem o disco a conseguirem acessar seu conteúdo. E que exatamente foi colocado neste disco? Um pouco de tudo. Os cientistas incluíram 116 imagens da Terra (algumas de paisagens e cenas cotidianas, outras de civilizações e monumentos), 20 sons da natureza, tais como o vento e a chuva, saudações da Terra em mais de 50 idiomas e até trechos da música de Beethoven e Mozart! (Você pode acessar o conteúdo completo do disco nesta página.)

É claro que isso pode não chegar nas mãos de alguma civilização em um futuro tão próximo. Por isso, os pesquisadores galvanizaram na placa de ouro uma amostra do isótopo urânio-238, que tem uma meia-vida de 4,5 bilhões de anos. Através dela, os extraterrestres poderão calcular a idade do disco. Falta saber, portanto, quem seria candidato a encontrar todo esse material e descobrir que existe vida fora do planeta deles. Infelizmente, as chances são pequenas. O próprio Carl Sagan (cientista falecido em 1996, que coordenou a fabricação do disco) já afirmava à época do lançamento que eram pequenas as chances de que alguma nave espacial recolhesse a nossa “mensagem na garrafa” lançada no espaço. Talvez as chances aumentem agora que as sondas estão prestes a sair do sistema solar. Alguns cientistas continuam extremamente céticos a esse respeito.
Fonte: Hypescience.com
[Nasa/The Verge/NPR]

Ondas gravitacionais revelam propriedades de buracos negros antes de fusão


Buracos negros são regiões do espaço onde a gravidade é tão intensa que nem mesmo a luz consegue escapar. Quando eles estão isolados, eles são objetos realmente escuros: não emitem nenhuma forma de radiação. Entretanto, quando estão em processo de fusão com um outro buraco negro ou quando colidem com uma estrela, eles ficam deformados. Essa deformação cria um tipo de radiação especial prevista por Einstein mais de 100 anos atrás: as ondas gravitacionais.As ondas gravitacionais são perturbações no espaço-tempo que viajam na velocidade da luz, mas são extremamente difíceis de detectar. Já estão em construção interferômetros com quilômetros de comprimento que devem servir para detectá-las – ou pelo menos as que estão na faixa de frequência das ondas sonoras audíveis – como se fossem microfones para ondas gravitacionais.

Quando dois buracos negros estão em órbita um em volta do outro, eles emitem ondas gravitacionais. Eventualmente, eles colidem e formam um buraco negro que é, em um primeiro momento, bastante deformado. As ondas gravitacionais de um buraco negro deformado não são emitidas em um tom só, mas em uma mistura de diferentes tons. A frequência de cada tom e a velocidade com que eles decaem dependem só dos dois únicos parâmetros que caracterizam um buraco negro: a massa e a velocidade de rotação. A ideia dos cientistas era que a detecção de ondulações no espaço-tempo e medição das frequências servissem para medir a massa e rotação do buraco negro.

Os cientistas Ioannis Kamaretsos, Mark Hannam e B. Sahtyaprakash da Universidade de Cardiff (Reino Unido) usaram o supercomputador ARCCA para simular pares de buracos negros em colisão, e descobriram que os diferentes tons podem dar mais informações sobre eles. De fato, segundo os cientistas, a análise das ondas gravitacionais permite descobrir até as características dos buracos negros que colidiram e já não existem mais (pois agora são um só). E como toda descoberta interessante, esta cria perguntas interessantes também: com que precisão podem ser medidas as características dos buracos negros originais? Os resultados são bons o suficiente para casos genéricos de fusão de buracos negros? etc. Os interferômetros ainda não entraram em funcionamento, mas os cientistas já tem uma lista de tarefas para eles…

Fonte:Hypescience.com
[Science Daily]

Sonda Dawn Deixa o Asteroide Vesta e Começa a Caçada ao Ceres

Próxima parada: Ceres. Na semana passada, a sonda robô Dawn da NASA terminou sua missão de um ano na órbita do asteroide Vesta, tornando-se a primeira sonda na história da humanidade a visitar um mundo distante localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter, no chamado Cinturão Principal de Asteroides do Sistema Solar. Muitas das imagens feitas pela sonda Dawn do asteroide Vesta foram compiladas conjuntamente na visão apresentada acima. O Vesta mostra evidências de ser um pedaço remanescente dos primeiros anos de vida do Sistema Solar, um bloco fundamental para a constituição de planetas rochosos como a Terra. A antiga superfície do Vesta mostra uma alta concentração de crateras e longos vales provavelmente criados por imensos impactos. A pouca gravidade desse pequeno mundo permite que feições na sua superfície como imensos desfiladeiros e uma grande montanha que alcança uma altura duas vezes maior que o Monte Everest, visível na parte inferior da imagem sejam preservadas. O Vesta tem 500 quilômetros de diâmetro e é o segundo objeto mais massivo no Cinturão de Asteroides. Há duas semanas, a sonda Dawn ligou seus motores e começou sua caçada ao objeto mais massivo desse cinturão, o asteroide Ceres. Se tudo correr como o previsto, a sonda Dawn deve alcançar o Ceres em 2015. O Ceres parece ser muito diferente quando observado através de um telescópio distante, como mostra a imagem abaixo, mas o que a sonda Dawn encontrará? Vamos esperar.
Fonte: http://apod.nasa.gov/apod/ap120919.html

Tudo o que você queria saber sobre o Big Bang

A grande explosão que deu origem ao Universo, o Big Bang, às vezes parece uma idéia confusa. Por exemplo: que estranho “lugar” foi esse onde se deu a explosão? Ou então: exatamente em que ponto do céu ocorreu a explosão? Em outras palavras, se é verdade que o telescópio espacial Hubble poderia ver o nascimento do Cosmo, para onde deveria ser apontado? Tais perguntas são comuns entre os leitores e a revista americana Astronomy deu as respostas, com sucesso. Veja a seguir a versão Superinteressante dos tópicos de maior interesse, em linguagem que qualquer um pode entender. O objetivo é divulgar mais amplamente a Cosmologia, ciência propiciada pelo gênio de Einstein que estuda a origem e a evolução do Cosmo. Ou seja, tudo que existe, visto na maior escala que se pode imaginar.

1 – Se todas as galáxias se afastam da Terra, isso não coloca a Via Láctea no centro do Universo?
É o tipo da dúvida que se desfaz no momento em que se vê a imagem da expansão, mesmo simplificada ao extremo. O melhor é pensar no Universo como um balão de borracha; ele está sendo inflado e as galáxias repousam à sua superfície. Não importa onde se esteja, sempre as galáxias serão vistas afastando-se umas das outras. Mais do que isso, pode-se mostrar matematicamente que a velocidade de afastamento segue a lei de Hubble: ou seja, quanto mais distante a galáxia, mais veloz ela é. Os habitantes de qualquer galáxia do Universo veriam todas as outras afastando-se exatamente da forma que essa lei prescreve. Em outras palavras, o Cosmo é democrático. Nenhuma região dentro dele contém mais matéria que qualquer outra (em regiões do mesmo tamanho; se uma região é maior, contém mais matéria que outra menor, de modo que a densidade é sempre a mesma, na média).

2 – Como se formaram as galáxias? - Este é um dos campos de mais intensa pesquisa, atualmente, mas tudo indica que a semente desses grandes amontoados de estrelas foi lançada bem no início dos tempos, quando o Cosmo era um tórrido e impenetrável caldo de partículas subatômicas. O problema central é que a expansão forçava a matéria a se espalhar, afastando as partículas cada vez mais, umas das outras. Por isso é difícil explicar como elas se juntaram para formar estrelas, galáxias ou aglomerados de galáxias, em escala ainda maior. Uma possibilidade é que a matéria não estivesse bem distribuída: em certas regiões, havia mais partículas do que a média. De tal forma que, dentro de tais regiões, a atração da gravidade entre as partículas venceu a expansão, forçando porções de matéria a se aglutinarem. Não se sabe se as massas iniciais eram simples estrelas, que depois se reuniram em galáxias. Ou se desde o começo tinham a dimensão de galáxias, e em seguida desmoronaram sobre si mesmas, formando, cada uma, bilhões de estrelas. Seja como for, não se sabe bem o que tirou as partículas do lugar, alterando sua perfeita distribuição no espaço. Imagina-se que a resposta esteja num fenômeno estatístico. Isto é, a sua distribuição original nunca foi perfeita. As partículas se pareciam mais com um inquieto enxame de abelhas: na média, as abelhas se espalham por igual no enxame, mas estão sempre se ajuntando ou se dispersando, em cada ponto e em cada momento. Nesse caso, existe a possibilidade de alguns ajuntamentos se tornarem definitivos, porque as partículas se aproximaram tanto que acabaram presas pela gravidade.

3 – O Universo tem fim? Se tiver, o que existe além desse limite? - Embora não tenha limite, da maneira como os antigos imaginavam a extrema borda do mundo — um abismo dando para o nada —, o Cosmo também não é infinito. A Terra, por exemplo, é finita, mas sua superfície não tem uma fronteira porque é redonda: quem anda sempre numa mesma direção volta ao ponto de partida. Trata-se de uma analogia imperfeita, porém, pois o Universo é finito no tempo, não no espaço. Outra maneira de dizer isso é a seguinte: aquilo que está longe, está no passado. Portanto, ver o limite do Universo significa olhar para o seu nascimento, sua última fronteira.

4 – Como os astrônomos sabem a idade do Universo? - Em princípio, as medidas não poderiam ser mais simples. Como as galáxias estavam todas juntas quando o Universo nasceu, basta calcular o tempo que elas levaram para chegar à distância que estão atualmente. É como dizer que uma viagem de 200 quilômetros, feita a 100 quilômetros por hora, demorou duas horas. O problema é avaliar a distância e a velocidade das galáxias, mas pode-se usar a velocidade de qualquer galáxia: a distância dividida pela velocidade, dá sempre o mesmo valor — a idade do Cosmo. Parece esquisito, mas é um fato: embora todas as galáxias se afastem, as mais próximas são mais lentas e as mais distantes, mais rápidas.

Trata-se de uma das maiores descobertas de toda a ciência, neste século, e foi feita pelo americano Edwin Hubble, em 1929. Um exemplo concreto são duas galáxias, uma a 10 milhões de anos-luz e outra a 100 milhões de anos-luz (um ano-luz mede 9,5 trilhões de quilômetros). Assim, a galáxia mais próxima é mais lenta e se afasta a 150 quilômetros por segundo, enquanto a galáxia mais distante, mais rápida, se afasta a 1 500 quilômetros por segundo. É fácil ver que ambas têm a mesma constante de Hubble, de valor igual a 15 (150 dividido por 10 ou 1 500 dividido por 100). Dividindo-se 1 por 15 chega-se à idade de 20 bilhões de anos para o Universo.

Essa última conversão é um pouco complicada devido às unidades das medidas (quem gosta de contas deve considerar que o número 15 é medido em quilômetros por segundo, por milhão de anos-luz. E que um ano tem 31,5 milhões de segundos). De qualquer forma, se na teoria tudo se encaixa, na prática há diversos problemas. Primeiro, porque as galáxias próximas se atraem pela força da gravidade, de modo que suas velocidades não obedecem precisamente à constante de Hubble. Por outro lado, é difícil calcular a distância de galáxias muito remotas. No final, conforme as medidas feitas, o valor da constante pode variar bastante, digamos entre 15 e o dobro disso, 30. Assim, a idade do Cosmo deve ficar entre 10 e 20 bilhões de anos.

5 - Qual é o destino final do Universo? - Infelizmente, ainda não é possível responder a essa pergunta, pois ela depende de quanta matéria está contida no Cosmo. Há duas possibilidades diferentes, como uma pedra que se joga para o alto: ela pode cair de volta ao solo, ou não, escapando para o espaço interplanetário numa viagem sem retorno. O primeiro caso corresponde a uma pedra muito “pesada”, que depois de subir um pouco cai pela força da gravidade. Da mesma forma, se o Universo contiver bastante matéria, a gravidade será capaz de impedir que as galáxias continuem a afastar-se umas das outras. A expansão será interrompida e depois invertida, transformada numa implosão.

Apenas se a quantidade de matéria for pequena, o Cosmo se expandirá para sempre, situação semelhante à de uma pedra pequena, atirada para o alto com tanta força que nunca volta a cair. Até onde se sabe, não há matéria luminosa em quantidade suficiente para interromper a expansão. Reunindo-se todas as estrelas, em todas as galáxias, assim como os gases e a poeira cósmica, chega-se a um centésimo do total necessário. É verdade que uma das maiores descobertas dos últimos anos foi a matéria escura — assim chamada porque não emite luz e não pode ser observada diretamente. Ela pode estar na forma de planetas, ou de partículas subatômicas, como o neutrino. Mas, embora não haja dúvida sobre a existência desse universo oculto, não é certo que sua massa é o que falta para mudar o destino do Cosmo.

6 – Que gatilho detonou o Big Bang? - Que veio primeiro, o ovo ou a galinha? É possível que o próprio Universo tenha posto fogo ao rastilho de sua explosão. Se ele deixar de se expandir e voltar a encolher, espremendo toda a matéria à dimensão de um ponto, o resultado será nova explosão. Um renascer das cinzas que se repetirá eternamente. É o que se chama modelo oscilante de Universo, que alguns consideram o mais satisfatório, do ponto de vista filosófico. Para a Cosmologia, porém, essa é uma questão em aberto, pois ainda não se concebeu um meio de investigá-la cientificamente.

7 – Se o Universo foi criado numa grande explosão, por que o brilho dessa explosão, a chamada radiação de fundo, não vem de um único ponto no céu?
Porque o Big Bang não ocorreu em algum ponto, dentro de um espaço que já existia, e para o qual se possa apontar um telescópio. O próprio espaço e o tempo nasceram com a explosão primordial. Assim, não havia um “lado de fora”, a partir do qual se pudesse observar a explosão. A radiação de fundo é um jorro de luz emitido centenas de milhares de anos após o Big Bang. Antes dessa época, o Universo era um caldo indevassável de partículas subatômicas, entrechocando-se a alta velocidade, e partículas de luz, os fótons.

O caldo era tão denso que os fótons não podiam viajar distâncias significativas entre um choque e outro, especialmente com os elétrons, a mais importante partícula de matéria, naquele tempo. Alta velocidade significa alta temperatura, mas esta estava caindo devido à expansão cósmica (os botijões de cozinha também esfriam quando se esvaziam rapidamente, ou seja, quando o gás se expande ao escapar do botijão). Assim, quando a temperatura desceu a 5 000 graus, chegou-se a um marco fundamental: os elétrons foram aprisionados em massa pelos prótons, pois já não eram rápidos o suficiente para evitar a atração que a carga positiva desses últimos exercia sobre a sua própria carga negativa.

Foi como nasceram os primeiros átomos na história do mundo. E uma das conseqüências disso foi a libertação da luz: sem elétrons soltos que pudessem barrar-lhe o caminho, os fótons passaram a viajar livremente em meio à matéria e encheram o Universo, formando a radiação de fundo. Chegam à Terra de todas as partes — e não de algum ponto específico — justamente porque o fenômeno que lhes deu origem ocorreu em todas as partes do Cosmo ao mesmo tempo, preenchendo-o por igual bilhões de anos atrás. De lá para cá, a expansão cósmica deixou sua marca sobre os fótons, cuja “temperatura” caiu de 5 000 para 2,73 graus acima do zero absoluto, ou - 270, 27 °C (radiação, a rigor, não tem temperatura; é que sua energia equivale à de fótons emitidos por um corpo a 2,73 graus).

8 – Em que lugar o Universo está se expandindo? - É difícil imaginar pergunta mais incômoda que esta, e o problema básico é que não se pode visualizar a resposta. Por exemplo, quando se desenha o Universo como uma bola, ou uma esfera, não significa que ele seja a bola toda — ele constitui apenas a superfície da bola. Assim, quando a bola é inflada, a superfície aumenta, simbolizando a expansão cósmica. Mas não se deve esquecer que a superfície esférica tem apenas duas dimensões, enquanto o Universo, de fato, tem três dimensões. O sacrifício é inevitável: só quem vivesse em quatro dimensões poderia desenhar um objeto de três dimensões em expansão. No Universo real, existe uma quarta dimensão, mas ela tem a ver com o tempo — e não há como recortar imagens no tempo. Pode-se dizer, então, que o espaço se expande no tempo. Ele constituiria a quarta dimensão em que o Universo está imerso.

9 - O que é inflação cósmica? - Esse termo foi emprestado da economia num período de crise nos Estados Unidos, no início dos anos 80. Significa que o Universo passou por um período de expansão exagerada em sua infância, assim como a inflação usualmente indica aumentos excessivos nos preços. Imaginada pelo físico americano Alan Guth, foi uma espécie de explosão dentro da explosão, com conseqüências importantes sobre a evolução posterior do Cosmo. Uma delas é que, se realmente sofreu uma crise inflacionária, o Universo não se expandirá para sempre. Algum dia, a gravidade interromperá a dispersão das galáxias, embora sua força não seja suficiente para inverter o movimento e comprimir o Cosmo de volta ao estágio do Big Bang. Ou seja, se Guth estiver certo, nem é preciso medir a massa do Universo: ela pode ser deduzida diretamente da teoria. A inflação, de certo modo, obriga o Cosmo a ter certa massa, e não uma outra qualquer. É um exemplo de como as teorias podem ser poderosas e, de um golpe, revelar fatos aparentemente difíceis de obter. Não é possível explicar as idéias de Guth em poucas palavras. Mas elas parecem resolver diversos problemas técnicos que vinham ocupando os cosmologistas há décadas.

10 – As galáxias estão realmente se afastando umas das outras, ou é o espaço que está sendo esticado pela expansão cósmica?
Há certa polêmica em torno desse ponto. À primeira vista, parece não fazer diferença: tanto faz dizer de um jeito ou de outro. Mas uma coisa é subir, por exemplo, de um andar a outro de um shopping center, e outra fazer o trajeto parado numa escada rolante. No primeiro caso, é o caminhante que gasta energia no movimento; no segundo, é o shopping (a escada) que paga o preço do percurso. A resposta correta, com a qual concorda a maioria dos cientistas, é que o próprio espaço está se expandindo. Isso é o que diz a teoria da relatividade do alemão Albert Einstein, base da ciência cosmológica. Mas há quem se oponha. Se o espaço se expande, dizem os críticos, então tudo o que ele abarca também se expande — inclusive as réguas, ou qualquer outro meio de medir distâncias. Portanto, nunca se perceberia a expansão, pois se as réguas crescem na mesma proporção que as distâncias, vão indicar sempre o mesmo valor. O erro desse raciocínio pode ser visualizado por meio de um balão de borracha ao ser inflado. À medida que isso acontece, vê-se que as galáxias participam da expansão geral, mas elas mesmas não aumentam porque cada uma forma um bloco coeso de matéria, capaz de resistir ao esticamento porque suas partes estão presas entre si pela força da gravidade. É por esse mesmo motivo que as galáxias podem ter movimentos próprios, em que alteram o movimento mais geral de afastamento, causado pela expansão. Muitas galáxias estão efetivamente se aproximando entre si, devido à atração gravitacional.
Fonte: http://super.abril.com.br

Entenda o que é um buraco negro e como ele se forma no Universo

Quando o assunto se refere aos buracos negros, uma áurea de mistério gira em torno do tema. As hipóteses são muitas, desde passagens para outras dimensões, ou universos, às teorias que sugerem que os buracos negros sejam realmente buracos. E não são? Ao contrário do que próprio nome diz, esses fenômenos que habitam o cosmos não são, pelo menos ao pé da letra, realmente buracos. Na verdade, são acúmulos de matéria em um estado altamente condensado, conforme explica o físico Alberto Rodríguez Ardila, pesquisador do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA).

“Se procurarmos pela definição da palavra ‘buraco’ que existe no dicionário, percebemos que um buraco negro não é, propriamente, um buraco. Isso porque uma das definições de buraco diz que se trata de ‘qualquer abertura em um corpo; furo, orifício, cavidade’. Porém, um buraco negro é justamente o oposto. Ele está cheio de matéria, altamente condensada. Um buraco negro também pode ser considerado como uma ‘abertura’, significando que ele conectaria duas regiões do espaço. O consenso geral indica que isso não é possível, pelo menos matematicamente. Portanto, os buracos negros, no sentido estrito da palavra, não são buracos”, destaca Alberto.

Para explicar o que realmente é um buraco negro, o físico ensina que se trata de uma região do espaço onde o campo gravitacional é tão forte que nada sai dela, nem mesmo a luz. Ele lembra que, até hoje, a melhor forma para explicar esse tipo de fenômeno se dá por meio da “Teoria Geral da Relatividade”, formulada no início do século passado pelo físico Albert Einstein.

“De acordo com a sua teoria, em um buraco negro há uma concentração de massa tão grande, em um ponto tão infinitamente pequeno, que essa densidade é suficiente para deformar o espaço/tempo, de forma tal que a velocidade de escape, ou seja, a velocidade necessária para escapar de um campo gravitacional, neste local é maior do que a da luz. Por isso que nem mesmo a luz consegue escapar de um buraco negro. E, já que nada consegue se mover mais rápido do que a velocidade da luz, nada pode escapar de um buraco negro”, ressalta o físico.
Mas como se formam os buracos negros? Respondendo à pergunta, Alberto afirma que esses fenômenos acontecem quando uma estrela, de alta massa (20 vezes maior que a do Sol), esgota o seu combustível, não sendo mais capaz de gerar pressão suficiente para contrabalançar o peso de suas camadas externas. Como resultado, ocorre uma implosão, seguida por uma explosão, na qual a maior parte da estrela é despedaçada. Esse processo é conhecido como explosão de supernova, gerando um buraco negro no centro.
“Somente as estrelas de alta massa conseguem evoluir a um estágio tal que o núcleo não é mais capaz de gerar energia suficiente para sustentar o seu próprio peso. Isso acontece quando o núcleo da estrela é composto por átomos de ferro. Estrelas com massa inicial menor, como o Sol, por exemplo, não chegam a evoluir até se transformarem em buracos negros. Nesse caso, as estrelas terminam seu ciclo de vida como uma anã branca”, explica.

Depois que um buraco negro é formado, o físico destaca que ele pode continuar crescendo, sendo alimentado por toda e qualquer matéria que está ao seu redor. Ele pode engolir outras estrelas e se fundir com outros buracos negros, por exemplo, formando os buracos negros supermaciços, atingindo massas da ordem de milhões de vezes, ou mais, que a massa do Sol. “Na atualidade, o consenso geral é o de que no núcleo da maior parte das galáxias existe um buraco negro supermaciço, com massas maiores que a do Sol em milhões, e até trilhões, de vezes”, lembra.
Como é possível detectar um buraco negro?
Como não podem ser vistos diretamente, já que não emitem nem refletem nenhum tipo de radiação, os buracos negros são detectados por meio da influência gravitacional que exercem sobre o gás e as estrelas próximos. Alberto ensina que os buracos negros têm efeitos específicos sobre a sua vizinhança que não podem, até o momento, ser atribuídos a nenhum outro objeto cósmico conhecido. “Essa influência ocasiona, por exemplo, que estrelas localizadas a certa distância do buraco negro se movimentem ao redor dele com velocidades extremamente altas. Para medir essas velocidades, precisamos de um instrumento chamado espectrógrafo, que permite analisar a luz proveniente da estrela ou do gás próximos ao buraco negro”, ressalta.
O primeiro buraco negro foi descoberto em 1972. Ao realizarem medições da velocidade de rotação da estrela HDE 226868, os pesquisadores Charles Thomas Bolton, Louise Webster e Paul Murdin conseguiram demonstrar a presença de uma companheira oculta próximo a essa estrela. Baseados na enorme massa predita para o objeto, em torno de 14 vezes a massa do Sol, a partir de suas análises, eles fizeram a primeira conclusão do que poderia ser um buraco negro. A esse objeto estudado, eles deram o nome de Cygnus X-1, localizado na constelação do Cisne.

Quer estudar o céu? Saiba onde ficam alguns observatórios do Brasil

Você sabe a diferença entre observatório e planetário? Enquanto no primeiro você observa o céu através de potentes telescópios, que podem ser de lentes, de espelhos, ou radiotelescópios; no segundo, há uma espécie de simulação do cosmos. Ou seja, no planetário (saiba onde tem um próximo de você), uma máquina projeta imagens no teto, que geralmente é em formato de cúpula, cobrindo 180º, simulando a posição dos astros.

Mariângela Abans, pesquisadora do Laboratório Nacional de Astrofísica
Segundo explica Mariângela de Oliveira Abans, pesquisadora do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), quem visita um observatório tem a oportunidade de ver e estudar o céu em tempo real. “Já o planetário é como se fosse um cinema. Dependendo do tamanho e da técnica do projetor, uma sala de projeção pode abrigar de 30 a 100 pessoas. Uma máquina no centro projeta no teto pontos de luz que equivalem exatamente à posição de um determinado astro naquele momento, simulando, até mesmo, o seu movimento. Há casos em que é possível saber como era o céu na China, por exemplo, há cinco mil anos”, destaca a pesquisadora.
Diferente dos planetários, os observatórios obedecem algumas regras quanto à sua instalação. Na maior parte das vezes, eles são construídos em regiões onde há pouca interferência de luminosidade, sendo que ainda há outros fatores determinantes, como a umidade relativa do ar, que pode prejudicar a estrutura ótica dos telescópios. Geralmente, esses centros de observações são erguidos em montanhas altas, justamente por apresentar menor umidade, bem como também menos influência de luz proveniente dos centros urbanos.

Observatório Pico dos Dias abriga o maior telescópio do Brasil

No Brasil, o Observatório Pico dos Dias, localizado em Brazópolis, Minas Gerais, e operado pelo LNA, abriga o maior telescópio do país, com 1,6 metros de diâmetro (saiba mais sobre este observatório). O equipamento acompanha alvos no céu sob controle de um programa de computador. Durante as visitas ao observatório, monitores qualificados acompanham os visitantes, além de exibirem vídeos sobre Astronomia e o LNA. Para conhecer outros observatórios pelo país, confira a lista abaixo.

Observatório Astronômico Antares (Bahia)

Mantido pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), o observatório promove pesquisas nas áreas de Astronomia, Astrofísica / Física Solar, além de sensoriamento remoto. Ele fica localizado na Rua da Barra 925, no bairro Jardim Cruzeiro, Feira de Santana.
http://www.uefs.br/portal/visita-virtual/observatorio-antares.jpg/view?searchterm=observat%C3%B3rio

Observatório Astronômico da UFES (Espírito Santo)

Mantido pela Universidade Federal do Espírito Santo, este observatório oferece visitas gratuitas a todas as escolas dos níveis fundamental e médio, além de atendimento ao público em geral. As visitas acontecem às sextas-feiras em que o céu não estiver nublado, das 19h às 21h. O telefone para contato é (27) 4009-7664.
http://www.cce.ufes.br/observatorio/index.html

Observatório astronômico do Museu de Ciência e Técnica (Minas Gerais)

Localizado na cidade de Ouro Preto, esse observatório abriga um telescópio refrator de origem alemã, sendo um dos maiores do Brasil no seu gênero. O local é mantido pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) com apoio da Sociedade de Estudos Astronômicos de Ouro Preto (Seaop). O telefone para contato é (31)3559-3119.
http://www.museu.em.ufop.br/museu/astronomia.php

Observatório Astronômico da UFGRS (Rio Grande do Sul)

O Observatório Astronômico faz parte do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), dando suporte às disciplinas do Departamento de Astronomia. O Observatório Astronômico da UFRGS está aberto para visitas, que podem ser agendadas pelo e-mail astro@ufrgs.br. O telefone para contato é (51) 3308-3352
http://www.if.ufrgs.br/observatorio/

Observatório Nacional (Rio de Janeiro)

Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Observatório Nacional (ON) é um instituto de pesquisa que atua em três grandes áreas de conhecimento. São elas: Astronomia, Geofísica e Metrologia em Tempo e Frequência. O telefone para contato é (21) 3504-9100.
http://www.on.br/

Observatório Abrahão de Moraes (São Paulo)

Localizado no município de Valinhos, o Observatório Abrahão de Moraes (OAM), pertencente ao Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosférias, da Universidade de São Paulo (USP), desenvolve várias atividades de ensino e divulgação. As visitas ocorrem durante a semana, com agendamento prévio, das 8h às 17h. O telefone para contato é (19) 3876 1444.
http://www.observatorio.iag.usp.br/

Observatório do Valongo (Rio de Janeiro)

O Observatório do Valongo, localizado no Centro da cidade do Rio de Janeiro, é um Instituto do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além de realizar pesquisa em Astronomia e Astrofísica, o observatório oferece cursos de graduação e pós-graduação em astronomia. O telefone para contato é (21) 2263-0685.
http://www.ov.ufrj.br

terça-feira, 18 de setembro de 2012

OPPORTUNITY ENVIA FOTO INTRIGANTE


Imagem da superfície de Marte intriga pesquisadores
O veículo explorador Opportunity, que aterrisou em Marte em 2004, e cuja principal função é analisar aspectos geológicos do planeta vermelho, enviou nesta semana uma imagem que está intrigando os pesquisadores.
A imagem revela uma concentração de saliências esféricas e difere bastante das formações esféricas de ferro, apelidadas de "blueberries", encontradas pela Opportunity em diversas outras área do planeta.
"Essa é uma das mais extraordinárias imagens de toda a missão", declarou um dos chefes do projeto, Steve Squyres, da Universidade de Cornell, nos EUA. "Quando vimos esses pequenos objetos esféricos, imediatamente pensamos nas "blueberries", mas isso é diferente. Nós nunca vimos uma acumulação tão densa em Marte".

Universidade de Cornell/Efe

Imagem de saliências esféricas na superfície de Marte
"Elas parecem ser mais duras por fora e suaves no meio", continua Steve Squyres. "Elas são diferentes em concentração. Elas possuem uma estrutura diferente. Elas são diferentes em composição. Elas são diferentes em distribuição. Nós temos então um quebra-cabeça geológico diante de nós."

A Nasa lançou os veículos exploratórios Spirit e Opportunity em 2003. A Spirit concluiu sua comunicação com a Terra em março de 2010. Os veículos foram responsáveis por importantes descobertas sobre o ambiente antigo de Marte, que favoreceram a hipótese de alguma forma de vida microbiana no planeta.

Fonte: Folha de São Paulo.

ONU: buraco na camada de ozônio deve estar menor que em 2011


O buraco na camada de ozônio, o escudo protetor da Terra contra os raios ultravioleta, deve ficar menor este ano sobre a Antártida do que no ano passado, mostrando como a proibição a substâncias prejudiciais interrompeu a sua destruição, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira.
O buraco, entretanto, provavelmente está maior do que em 2010 e uma recuperação completa ainda está longe de ocorrer. A assinatura do Protocolo de Montreal há 25 anos para retirar aos poucos as substâncias químicas que destroem a camada de ozônio ajudou a evitar milhões de casos de câncer de pele e de cataratas, assim como os efeitos nocivos sobre o ambiente, disse a agência climática da ONU.
"As condições de temperatura e a extensão das nuvens estratosféricas polares até agora este ano indicam que o grau de perda de ozônio será menor do que em 2011, mas provavelmente algo maior do que em 2010", disse em um comunicado a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O buraco da camada de ozônio na Antártida, que atualmente mede 19 milhões de km², provavelmente estará menor este ano do que no ano recorde de 2006, informou a organização. A ocorrência anual em geral atinge sua área de superfície máxima durante o fim de setembro e sua profundidade máxima no começo de outubro.
Os clorofluorocarbonos (CFCs) banidos, porém, que já foram usados em geladeiras e latinhas de spray, duram bastante na atmosfera e levará várias décadas para que as concentrações voltem aos níveis pré-1980, informou a OMM.

Fonte:Terra

PLANETAS COM CÉU MAIS ESTRELADO

Astrônomos descobrem planetas que teriam céu mais estrelado.
Estudo achou planetas em um aglomerado de estrelas, o que é incomum. Planetas são quentes e gasosos, e não seriam habitáveis.




Ilustração de um dos planetas localizados em um aglomerado de estrelas (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
Astrônomos descobriram a existência de dois planetas que teriam o céu muito mais estrelado do que o da Terra, devido à sua localização inusitada. No entanto, esses planetas não seriam habitáveis, pois se tratam de gigantes formados por gases, conhecidos na ciência como “júpiteres quentes”.

Cientistas descobrem planeta composto por água a 40 anos-luz
Novo modelo busca explicar formação de planetas extrassolares
São os primeiros planetas a serem encontrados na órbita de uma estrela semelhante ao nosso Sol em um chamado aglomerado de estrelas. Esse grupo, chamado de Aglomerado da Colmeia, reúne cerca de mil estrelas em um espaço relativamente pequeno.
Geralmente, quando uma estrela nasce, ela se distancia de sua origem. Em um aglomerado como este, várias estrelas formadas a partir da mesma nuvem gigante de material ficam ligadas uma à outra por meio da atração gravitacional.

Até a atual pesquisa, os astrônomos haviam localizado apenas dois planetas em aglomerados, e ambos na órbita de estrelas gigantes. A nova descoberta é inédita porque esses dois planetas giram em torno de uma estrela das proporções do Sol. Por estarem em um aglomerado, eles têm o céu mais estrelado.

“Estamos detectando mais e mais planetas que conseguem crescer em ambientes diversos e extremos como esses aglomerados próximos”, afirmou Mario Perez, pesquisador da Nasa que participou da descoberta. O estudo foi publicado pela revista “Astrophysical Journal Letters”.

Fonte: G1, em São Paulo.

BRASIL E ESPANHA TENTAM DESVENDAR A MATÉRIA ESCURA

Novo observatório de astronomia binacional vai investigar um dos maiores mistérios do universo: aquilo que ninguém enxerga.
HERTON ESCOBAR - O Estado de S.Paulo
No topo de uma montanha próxima a Teruel, no leste da Espanha, o sonho de um Prêmio Nobel para o Brasil começa a tomar forma. É lá, no Pico do Abutre, a quase 2 mil metros de altitude, que um novo observatório astronômico está sendo construído pelos dois países com o objetivo de investigar um dos maiores enigmas científicos de todos os tempos: a natureza da matéria escura. Uma coisa que ninguém vê e ninguém sabe o que é, mas que constitui mais de 80% de toda a matéria do universo. Um problema que incomoda e fascina cientistas há quase oito décadas.

O Observatório Astronômico de Javalambre, batizado com o nome da cadeia de montanhas que o abriga, está em fase avançada de construção. O complexo todo, orçado em 30 milhões, está quase completo, com sala de controle, túneis, dormitórios e telescópios de apoio. Faltam as duas peças fundamentais: o telescópio T250, que está sendo montado na Bélgica, e a câmera J-PCAM, que foi projetada e está sendo construída parcialmente no Brasil - principal contribuição do País para o projeto, no valor de 5 milhões.

Segundo Renato Dupke, do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, será a segunda maior câmera do mundo, com uma resolução de 1,2 bilhão de pixels e pesando mais de 1 tonelada. A previsão é de que ela fique pronta só em 2014, mas que o observatório comece a operar já em 2013, com outros instrumentos.

A partir de 2015, com o telescópio e a câmera acoplados, o observatório dará início ao seu maior projeto de pesquisa: o Levantamento Astronômico de Javalambre sobre a Física da Aceleração do Universo (J-PAS, em inglês), que vai produzir um mapa tridimensional do céu, com a localização precisa de bilhões de estrelas, galáxias, aglomerados de galáxias e outros objetos espaciais, cuja posição e comportamento são influenciados pela matéria escura.

"Só te digo uma coisa: queremos o Prêmio Nobel", diz o pesquisador Laerte Sodré, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo, um dos líderes do projeto.

Um objetivo extremamente ambicioso, mas não tão pretensioso assim. "Se pode sair um Prêmio Nobel desse projeto? Certamente que sim", afirma Dupke, que divide a coordenação científica do J-PAS com o colega espanhol Narciso Benítez, do Instituto de Astrofísica de Andaluzia. O projeto foi tema de uma reunião de quatro dias na semana passada, no IAG.

Não há dúvida de que aqueles que desvendarem o enigma da matéria escura serão candidatos fortíssimos ao Nobel. O J-PAS não terá como dizer do que é feita a matéria escura exatamente - algo que só a física de partículas poderá eventualmente responder -, mas poderá dar pistas importantes sobre seu comportamento, sua distribuição e sua influência sobre a evolução das galáxias e do universo. Informações essenciais para entender também sua estrutura. "Para saber do que é feita a matéria escura precisamos saber suas propriedades com muita precisão", explica Benítez.

A POSSIBILIDADE DO MULTIVERSO

É bom começar explicando esse título que, sem dúvida, deve parecer estranho aos não especialistas.

A ideia é que nosso Universo (com "U" maiúsculo) é só um entre uma multidão de outros universos, todos parte de um multiverso que pode ter existido por toda a eternidade.

Com isso, o que chamamos de Big Bang seria apenas o evento que marcou o início da nossa narrativa cósmica. Outros universos teriam os seus big bangs e as suas histórias.

Existem vários tipo de multiverso, mas todos têm essa característica em comum, de serem genitores de universos. Por exemplo, algumas teorias sugerem que as leis da natureza podem variar de região a região no multiverso. Nesse caso, diferentes universos poderiam ter diferentes leis da física. No momento, essas teorias são mais metafísicas do que físicas.

Em outras teorias, os diferentes universos têm as mesmas leis, mas as constantes da natureza (a massa e a carga do elétron, a massa do próton, a constante que determina a intensidade da força da gravidade etc.) é que variam.

Esta última hipótese vem da teoria de supercordas, a tentativa de construir uma teoria de todas as forças da natureza (são quatro ao todo), a chamada "Teoria de Tudo".

No momento, não temos qualquer indicação de que o multiverso possa existir. Ou, se existir, se poderemos determinar sua existência. É possível que exista apenas o nosso Universo e ponto final. Porém, se for este o caso, temos o problema de explicar por que esse Universo e não outro. Especialmente se levarmos as previsões da teoria de supercordas a sério e concluirmos que o multiverso é inevitável e que um número enorme de universos existe, cada qual com suas constantes físicas e, portanto, com uma física diferente.

Universos como o nosso são comuns entre eles ou raros? Como determinar isso?

Uma resposta óbvia é que, se nosso Universo não existisse, não estaríamos aqui nos perguntando sobre sua existência. Ele existe e pronto. Mas essa resposta não é muito satisfatória, pois estamos programados para buscar explicações finais, narrativas que justifiquem o começo, o meio e o fim de uma história.

É difícil imaginar algo que não tenha tido um início, como o temos nós e todas as formas de vida. Mais difícil ainda é imaginar que algo possa surgir sem uma causa inicial.

A existência ou não do multiverso, para que seja uma questão científica e não filosófica ou teológica, precisa ser determinada experimentalmente, por alguma observação.

No momento, existem tentativas de fazer isso, estudando o efeito sobre dois universos vizinhos que tivessem sofrido uma colisão no passado. Infelizmente, esses modelos ainda são bem simples, e está faltando muita coisa.

Um dos problemas que a ciência enfrenta com esse debate é a questão do infinito. Se teorias afirmam que o multiverso existiu e existirá para sempre, como comprovar isso? Mesmo com o nosso Universo e seu futuro: para determinar se ele existirá para sempre, precisaríamos de um experimento que durasse também para sempre.

A crise aqui vem da colisão entre conceitos como o infinito e as limitações concretas da passagem do tempo da qual a ciência, enquanto obra humana, prescinde.

Marcelo Gleiser é professor de física e astronomia do Dartmouth College, em Hanover (EUA). É vencedor de dois prêmios Jabuti e autor, mais recentemente, de "Criação Imperfeita". Escreve aos domingos na versão impressa de "Ciência".

Fonte: Folha de São Paulo.

PHOBOS ECLIPSA PARCIALMENTE O SOL


Robô Curiosity registra eclipse parcial do Sol com lua de Marte
Phobos, uma das luas de Marte, encobriu parte do Sol.
Jipe explora o planeta vermelho desde o dia 6 de agosto.

O jipe Curiosity, enviado pela agência espacial americana (Nasa) a Marte, fotografou o momento que a lua Phobos, um dos dois satélites naturais que orbitam o planeta vizinho à Terra, encobre parte do Sol. A imagem foi divulgada pela Nasa no último sábado (15).

fonte: G1, em São Paulo.

Divulgadas imagens de galáxias, feitas com câmera de 570 megapixel



Equipamento ultrassensível está instalado em topo de montanha no Chile. Sua missão é medir o histórico de expansão do universo.
Do G1, em São Paulo

Na imagem, uma galáxia situada a cerca de 60 milhões de anos-luz da Terra. Abaixo à esquerda, o mosaico de 62 sensores CCD que dão à câmera a capacidade de fotografar com 570 megapixel de resolução. Abaixo, à direita, imagem de um grupo de estrelas a cerca de 17 mil anos-luz, tal qual foi fotografada pelo conjunto de 62 CCDs. (Foto: Fermilab/Divulgação)

Foram divulgadas nesta segunda-feira (17) as primeiras imagens feitas pela Dark Energy Camera, uma supercâmera de 570 megapixel montada num observatório no topo de uma montanha no Chile.

O equipamento consiste em 62 dispositivos CCD ultrassensíveis, que, de uma só vez, podem enxergar cem mil galáxias a até 8 bilhões de anos-luz.
O objetivo do projeto, liderado pelo Fermilab, um laboratório de física de partículas do Departamento de Energia dos EUA, é medir a expansão do universo por meio dessas imagens, para entender melhor por que ele está se expandindo. Trata-se da mais poderosa máquina já construída com esse objetivo e, de acordo com o Fermilab, é a câmera digital mais potente existente no mundo. As imagens foram capturadas na última quarta-feira (12).

fonte: g1 de sp

UNIDADE ASTRONÔMICA AGORA É UM VALOR FIXO



Este é o novo valor exato da Unidade Astronômica, que funciona como uma espécie de "metro" para medir distâncias no Sistema Solar. [Imagem: Sara Ohy Rosa]


UNIDADE ASTRONÔMICA AGORA É UM VALOR FIXO.

Passou quase despercebida uma decisão adotada pela União Astronômica Internacional em sua última reunião, em Pequim, na China.

Até então, a chamada Unidade Astronômica - a distância entre a Terra e o Sol era expressa na forma um cálculo complexo.

Agora essa distância foi simplificada para um número exato, passando a valer 149.597.870.700 metros.

A Unidade Astronômica deve ser grafada como au, em letras minúsculas - até agora ela era grafada em maiúsculas.

A decisão não muda em nada o movimento do Sol e nem o da Terra, mas deverá facilitar o trabalho dos astrônomos na realização de medições, e o trabalho dos professores em explicar a Unidade Astronômica a seus alunos.

Distância entre a Terra e o Sol

A primeira medição da distância entre a Terra e o Sol foi feita em 1672, quando o astrônomo Giovanni Cassini - que deu nome à sonda espacial que está explorando Saturno - observou Marte de Paris, enquanto Jean Richer observou o planeta vermelho da Guiana Francesa.

Com base na paralaxe - ou diferença angular - entre as duas observações, eles calcularam a distância entre a Terra e Marte e usaram o resultado para calcular a distância da Terra ao Sol. O resultado foi 140 milhões de quilômetros, bem próximo ao valor atual.

Mais recentemente, as medições de paralaxe foram abandonadas, e a União Astronômica passou a ser definida como - respire fundo - "o raio de uma órbita newtoniana circular imperturbável ao redor do Sol de uma partícula de massa infinitesimal, movendo-se com um movimento médio de 0,01720209895 radianos por dia (conhecida como a constante de Gauss)".

Relatividade

Como o espaço-tempo é relativo, dependendo do ponto do observador, a Unidade Astronômica assim definida também mudava - cerca de um quilômetro se você estivesse na Terra ou em Júpiter, por exemplo.

Isso não é problema para as sondas espaciais, que medem a distância diretamente, mas era uma dor de cabeça para os astrofísicos que queriam trabalhar em modelos do Sistema Solar.

Outro problema é que a constante de Gauss é baseada na massa do Sol, mas o Sol está perdendo massa conforme irradia energia, e isso vinha fazendo a Unidade Astronômica mudar lentamente ao longo do tempo.

A fixação do valor resolve os dois problemas.

É claro que, mesmo que o número exato facilite o trabalho do professor, nada impedirá que o aluno pergunte: mas a distância "real" entre a Terra e o Sol, para alguém que está em algum ponto médio da Terra, não pode variar?

Pode, mas isso pode ser medido com precisão usando sondas espaciais, radares ou raios lasers, sem atrapalhar os modelos astronômicos - e a distância real poderá então ser expressa como frações da Unidade Astronômica.

Bibliografia:

Earth-Sun distance changes from slippery equation to single number.
Geoff Brumfiel
Nature Physics
Vol.: Published onlin
DOI: 10.1038/nature.2012.11416

Fonte: iT - Inovação Tecnológica.

Amanha: Marte desaparecerá atrás da Lua.

No início da noite de quarta-feira (dia 19) o céu nos presenteará com um verdadeiro espetáculo: uma ocultação planetária.


Devido a combinação dos movimentos da Terra, Lua e Marte, o planeta vermelho vai desaparecer atrás da Lua crescente por 56 minutos, num fenômeno conhecido como Ocultação de Marte pela Lua.

A partir das 18h26min dessa quarta, a Lua (18% iluminada) passará na frente de Marte (magnitude 1.2), ocultando-o pelo lado não-iluminado, fazendo o planeta desaparecer até às 19h35min.

Esse fenômeno ocorre quando esses astros formam uma linha imaginária: Terra-Lua-Marte. Dia 8 de setembro, durante a manhã, nós já tínhamos acompanhado a ocultação de Júpiter pela Lua.


Os horários informados são para o estado do Rio de Janeiro, veja abaixo para outros estados brasileiros ou aqui para os países sul-americanos (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai) que também verão o fenômeno.


Abaixo o mapa global com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange além da América do Sul, ilhas situadas na costa dos oceanos Atlântico e Pacífico.


Abaixo os locais na Lua onde o planeta terá sua imersão e o reaparecimento (locais escolhidos para as cidades brasileiras).
Marte é conhecido desde a mais remota antiguidade; Em 2540 a.C., um dos dias da semana (terça-feira) já lhe era consagrado. Aristóteles teve ocasião de observar um ocultação de Marte pela Lua e Ptolomeu menciona que Marte esteve próximo a estrela Acrab (Beta Scorpii) em 17 de janeiro do Ano 272 a.C. (Mourão, 1984).

Abaixo algumas características de Marte durante o evento:


FONTE: Sky and Observers; Apolo11; Carj e o Blog Da terra para as estrelas pela postagem original

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Júpiter pode ter salvado a Terra de uma colisão mortal com asteroide ou cometa

Astrônomos amadores observaram na segunda-feira (11) um enorme flash muito brilhante em Júpiter, provavelmente resultado de um impacto no planeta.


avistamento é parecido com outros que foram notados em 2009 e em 2010. O impacto mais recente foi relatado pela primeira vez pelo astrônomo amador Dan Peterson, de Wisconsin (EUA), que estava observando o maior planeta do nosso sistema solar quando o evento ocorreu.

“Foi um flash brilhante que durou apenas 1,5 a 2 segundos”, disse Peterson. Ele dividiu sua descoberta com outros astrônomos, que passaram a monitorar o planeta. Essa manhã (11), George Hall, um astrônomo amador de Dallas (EUA), conseguiu capturar o flash em vídeo.

O flash parece um sinal claro de que um asteroide ou cometa foi atraído pelo campo gravitacional de Júpiter, potencialmente nos salvando de uma ameaça de colisão cósmica. “É assustador ver quantas vezes Júpiter é atingido”, disse Hall.

Os impactos de Júpiter são de grande interesse para os astrônomos, tanto amadores quanto profissionais, porque eles são parte essencial do “jogo orbital” que moldou o nosso sistema solar. Astrônomos suspeitam que o campo gravitacional do gigante Júpiter serve como um “escudo cósmico”, varrendo os objetos que teriam um efeito mortífero se colidissem em nosso planeta. Alguns cientistas chegam até a dizer que, sem Júpiter, a vida na Terra não teria muita chance.

Então, o que pode ter acontecido ontem, em última análise, é que Júpiter mais uma vez salvou a nossa pele.

Mas os resultados da bravura do planeta nem sempre são visíveis. Cientistas especulam que os “intrusos cósmicos” sejam destruídos antes que tenham qualquer efeito visível no topo das nuvens de Júpiter. Em casos de objetos de maior peso, eles podem se quebrar e deixar marcas pretas na atmosfera do planeta. O caso do cometa Shoemaker-Levy 9, de 1994, é o mais notável da história recente.

Por enquanto, ainda não sabemos qual o tamanho do objeto que causou o flash dessa semana. Mas os astrônomos já estão trabalhando nisso, e mais observações e correções devem ser divulgadas em breve.

Fonte: NBC, TML, Space

Nuvem no gatilho - Cepheus B

A Nuvem no gatilho - Cepheus B - anos-luz de distância 2.365 esta imagem composta, combinando dados do Chandra x-Ray Observatory e o Spitzer Space Telescope da NASA mostra nuvem de formação de estrelas b de Cepheus, situada em nossa galáxia Via Láctea cerca de 2.400 anos-luz da terra. Uma nuvem molecular é uma região que contém cool gás interestelar e poeira deixada ao longo da formação da galáxia e contém principalmente de hidrogênio molecular. Os dados de Spitzer, em vermelho, verde e azul mostram a nuvem molecular (na parte inferior da imagem) mais estrelas jovens e em torno de Cepheus B e a Chandra dados em violeta mostram as jovens estrelas no campo.



As observações do Chandra permitiu que os astrônomos a escolher as jovens estrelas dentro e perto de Cepheus B, identificados por seus fortes emissões de raios-X. Os dados do Spitzer mostram-se as estrelas jovens têm um disco chamado "planetária" em torno deles. Tais discos só existem em sistemas muito jovens, onde planetas ainda estão se formando, portanto, sua presença é uma indicação da idade de um sistema de estrelas.

Estes dados fornecem uma excelente oportunidade de testar um modelo de como estrelas se formam. O novo estudo sugere que a formação de estrelas em Cepheus B é provocada principalmente pela radiação de uma estrela brilhante, enorme (HD 217086) fora da nuvem molecular. De acordo com o modelo específico de formação estelar desencadeada que foi testada - chamado a radiação-driven modelo de implosão — radiação esta enorme estrela unidades uma onda de compressão dentro da nuvem, provocando a formação de estrelas no interior, enquanto camadas mais externas da nuvem de evaporação.

Diferentes tipos de formação de estrelas desencadeada têm sido observados em outros ambientes. Por exemplo, a formação do nosso sistema solar foi pensada para ter sido provocado por uma explosão de supernova. Região formação estelar W5, um mecanismo de "coletar e colapso" é pensado para aplicar, onde as frentes de choque gerada por estrelas massivas varrem o material conforme o progresso para o exterior. Finalmente, o gás acumulado se torna denso o suficiente para recolher e formar centenas de estrelas. O mecanismo de modelo de implosão controlada por radiação também é pensado para ser responsável pela formação de dezenas de estrelas na W5. A principal causa da formação de estrelas que não envolvam disparo é onde uma nuvem de gás esfria, gravidade Obtém a mão superior, e a nuvem cai si mesma.

Crédito: NASA/CXC/JPL-Caltech/PSU/CfA
Fonte: Originalmente publicado no perfil do Facebook Fernando Martins

“100 Year Starship” planeja viagens para as estrelas em até 100 anos

No dia 13 de setembro de 2012(hoje), a cidade de Houston, Texas (EUA), vai sediar um simpósio para discutir uma ideia que tem sido chamada de “muito grande”: desenvolver em 100 anos a tecnologia necessária para viagens interestelares. A ideia de construir naves para viagens interestelares não é nova, e alguns apontam até que é impossível, já que a quantidade de combustível necessária é imensa, e, portanto, construir uma nave destas consumiria todos os recursos da Terra durante muito tempo.

Mas os idealizadores do 100 Year Starship, ou 100YSS, acreditam que, se durante 100 anos nos dedicarmos a pesquisar e desenvolver a tecnologia necessária, poderemos ter tudo que precisamos para nos lançarmos no espaço em direção a outras estrelas logo em seguida. O projeto conta com o apoio do ex-presidente americano Bill Clinton, que declarou em um discurso que “este importante esforço ajuda a avançar o conhecimento e tecnologias necessárias para explorar o espaço, ao mesmo tempo que gera as ferramentas necessárias para melhorar nossa qualidade de vida na Terra”.

Por trás do projeto - Liderando o projeto, está a ex-astronauta Mae Carol Jemison. Ela já recebeu uma ajuda de custo no valor de meio milhão de dólares da DARPA, agência de defesa americana, para apresentar um estudo de viabilidade do projeto de viagens espaciais. O projeto apresentado por Jemison foi o vencedor em um simpósio semelhante que aconteceu em 2010.

Jemison, que além de física é também engenheira, deixou a Nasa em 1993, depois de servir por seis anos como especialista em ciência no ônibus espacial Endeavour, sendo a primeira mulher negra astronauta. Depois de sair da Nasa, ela envolveu-se em educação e divulgação e desenvolvimento de tecnologia. Também serviu nas Forças de Paz em Serra Leoa e Libéria, é uma dançarina profissional, e fala russo, swahili e japonês, além de inglês. A organização de Jemison, a Fundação Dorothy Jemison pela Excelência, já era parceira no projeto com a empresa sem fins lucrativos Icarus Interstellar e um grupo chamado Foundation for Enterprise Development.

O desafio - Falando assim, parece que é coisa fácil e simples: apenas uma questão de juntar o dinheiro e o material e começar a construção. Mas uma viagem para outra estrela é um empreendimento imenso, principalmente por causa da distância enorme que nos separa das estrelas. “Proxima Centauri”, a estrela mais próxima do sol, encontra-se a meros 4,2 anos-luz, ou cerca de 40 trilhões de quilômetros. A viagem é muito longa, e uma das ideias é mandar naves multigeração para o espaço. Ou seja, os astronautas que partirem vão certamente morrer antes de chegar ao seu destino, mas seus netos ou bisnetos, que serão treinados como engenheiros, cientistas, astronautas e colonizadores, terão uma chance de chegar à estrela.

Durante todo o tempo da viagem, a nave toda terá que se virar com energia, alimento, manter o ambiente, cuidar dos doentes e dos velhos, providenciar atividades, desenvolver nova tecnologia, avançar a ciência, manter o moral, etc. Para isto, o projeto 100YSS precisa criar uma forma revolucionária de geração de energia, sistemas de armazenamento e controle, sistemas avançados de propulsão, avanços radicais em sistemas de suporte de vida fechados, e uma melhor compreensão no desenvolvimento, saúde, comportamento e treinamento humanos, além de avanços em robótica, automação, sistemas inteligentes e técnicas industriais. No fundo, este projeto, que não tem o objetivo de construir uma espaçonave, mas fomentar o desenvolvimento dos recursos necessários para tanto, tem potencial para revolucionar e provocar os primeiros esforços de colonização na lua e em Marte.

Fonte: Hypescience.com

Curiosity pode estabelecer provas de vida em Marte

O chefe do laboratório do Instituto de Exploradores Espaciais da Rússia, Igor Mitrofanov, afirmou que o jipe-robô Curiosity, tem a capacidade de descobrir lugares em Marte onde foi ou seja possível a existência de organismos vivos. Para isto, conta com o instrumento Dinâmico de Nêutrons Albedo (DAN), contribuição russa para o projeto e que pode encontrar indícios de água a até 50 cm do solo do Planeta Vermelho.
Sobre a probabilidade de que as moléculas não sejam de origem biogênica, quando um ser vivo só é originado por outro ser vivo, o cientista russo explicou que sempre se discutirá sobre este tema enquanto não se tenha na Terra uma mostra do solo marciano para que se possa fazer uma análise com o objetivo de se ter certeza sobre a natureza molecular.

O Curiosity encontrou manchas úmidas na cratera Gale, em Marte.

Medições do DAN mostraram que a cratera Gale, onde o Curiosity pousou em Marte, possui de três a cinco por cento de água distribuída em forma de manchas.

Fonte: Diário da Rússia
data:12/09/2012

Agência Espacial Europeia vai criar radar para detectar lixo espacial

Equipamento deve facilitar que satélites desviem desse material.
Projeto tem custo de quase R$ 10,5 milhões e será construído na França.
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) informou nesta quinta-feira (13) que vai construir um radar experimental para detectar fragmentos de resíduos espaciais, o que facilitará que satélites desviem deles.
O projeto "permitirá provar e validar novas técnicas para monitorar a posição dos fragmentos de lixo espacial", indicou em comunicado o responsável do programa preparatório da ESA para conhecimento do meio espacial, Nicolas Bobrinsky.
A rápida detecção e o monitoração dos fragmentos de lixo espacial vão permitir avaliar os riscos de impacto com satélites e alertar a tempo os operadores para que realizem manobras de evasão, acrescentou a ESA.
O novo radar, que contará com dois centros nos arredores de Paris, terá um custo de quase R$ 10,5 milhões e será construído pelo centro de pesquisa francês Onera, junto com outros cinco sócios industriais da Espanha, França e Suíça.

Ilustração mostra imensa quantidade de lixo espacial na órbita terrestre (Foto: Nasa/AP Photo)

O projeto "permitirá provar e validar novas técnicas para monitorar a posição dos fragmentos de lixo espacial", indicou em comunicado o responsável do programa preparatório da ESA para conhecimento do meio espacial, Nicolas Bobrinsky.
A rápida detecção e o monitoração dos fragmentos de lixo espacial vão permitir avaliar os riscos de impacto com satélites e alertar a tempo os operadores para que realizem manobras de evasão, acrescentou a ESA.
O novo radar, que contará com dois centros nos arredores de Paris, terá um custo de quase R$ 10,5 milhões e será construído pelo centro de pesquisa francês Onera, junto com outros cinco sócios industriais da Espanha, França e Suíça.

Fonte:G1,
Data: 13/09/12